27/04/2017 - 01h51

Vendas de unidades de imóveis caem, mas receita global do setor aumenta

Folha de S. Paulo
 
O número de imóveis residenciais vendidos na cidade de São Paulo caiu 4,5% em fevereiro deste ano na comparação com o mesmo mês de 2016, mas a receita global foi cerca de 13% maior.
 
"Não houve valorização imobiliária dessa ordem. O que se conclui é que os imóveis vendidos são mais caros, com tíquete médio maior", diz Flavio Amary, presidente do Secovi-SP (sindicato da habitação), que fez a pesquisa.
 
O mercado atual tem uma presença proporcional mais forte de famílias se comparado do ao passado, afirma Antonio Setin, sócio da construtura que leva seu sobrenome.
 
Isso é uma explicação para o aumento do tíquete médio, já que o outro tipo de comprador, o investidor, se interessa mais por apartamentos de poucos quartos.
 
Até o fim do ano, com tendência de queda da taxa básica de juros, deve voltar a haver equilíbrio entre os dois tipos de compradores, diz.
 
"O investidor é mais reativo aos juros e vai migrar de aplicações para produtos que geram renda e aluguel."
 
O Secovi-SP passou a receber mais consultas de interessados em fazer negócios no mercado imobiliário brasileiro neste ano, inclusive por parte de fundos estrangeiros, afirma Amary.
 
"A expectativa inicial de crescimento do setor para 2017 é de um número entre 5% e 10%, mas talvez até o fim do primeiro semestre a gente reveja as projeções para cima", diz ele.
 
 
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