08/03/2018 - 00h13

VBI vê perspectivas de expansão em moradias estudantis

Valor Econômico
 
A VBI Real Estate, gestora de recursos com atuação concentrada no mercado imobiliário, vai direcionar seus investimentos deste ano para os segmentos de galpões, escritórios comerciais e residências estudantis. Embora galpões respondam pela maior fatia da carteira da VBI - 25% -, o segmento de moradias estudantis, atualmente, com 20% do total, é o que tende a ter maior ganho de participação.
 
A expectativa de maturação média dos investimentos a serem feitos em 2018 é de quatro a cinco anos. A VBI fechou, recentemente, captação de US$ 400 milhões, que dará suporte ao novo ciclo de aportes. "Ainda não há tendência de recuperação de preços, mas as perspectivas são de um ano mais intenso em volume de transações em todos os segmentos imobiliários", diz o sócio da VBI Rodrigo Abbud.
 
No segmento de residências estudantis, a gestora comprou o controle da operadora ULiving, com aquisição de 50% das ações mais uma. Em outubro de 2017, a VBI se comprometeu a investir R$ 150 milhões em parceria com a ULiving no prazo de 18 meses. Praticamente metade do valor já foi desembolsado, e Abbud diz esperar que o restante seja investido nos próximos meses.
 
A estratégia é comprar prédios antigos situados em regiões centrais da cidade de São Paulo que tenham boa infraestrutura de transporte e sejam próximas a universidades para oferta de moradia com serviços a estudantes das classes média e média-alta.
 
Desde o início da parceria com a ULiving, a VBI adquiriu dois ativos no Centro e um nos Jardins. "Vamos acelerar os investimentos em moradias estudantis. O negócio possibilita previsibilidade na receita e vacância muito baixa", diz Abbud. A ULiving ainda presta serviços de gestão e locação de imóveis de terceiros, mas haverá concentração cada vez maior nos empreendimentos da gestora.
 
No segmento de galpões, a VBI lançou a VBILog em novembro. A gestora desenvolve projetos sob medida (build to suit) a partir de demandas de localização e tamanho apresentadas por potenciais inquilinos. "A criação da plataforma VBILog torna os processos mais ágeis em concorrências intensas", afirma Abbud. Empresas de varejo e de bebidas estão entre as que mais demandam galpões.
 
Em escritórios, a VBI pretende retomar, neste ano, investimentos tanto em aquisições quanto em desenvolvimentos. Atualmente, só há um ativo no portfólio de escritórios da gestora - um edifício de padrão triple A que ficará pronto em seis meses, nas proximidades do Parque Ibirapuera, na zona Sul de São Paulo. "Temos recebido, concomitantemente, consultas por parte de inquilinos e de investidores interessados na compra do prédio. As empresas se antecipam à eventual retomada da economia", conta o sócio da VBI.
 
No segmento residencial, a gestora fechou parceria com a Cury Construtora e Incorporadora para desenvolvimento de dois empreendimentos. Incluindo terrenos e aportes nos projetos, os investimentos da VBI na parceria somam R$ 80 milhões. A gestora já desenvolveu projetos com a Conx, em São Paulo, com a Ecocil Incorporações, em Natal e com a Graúna Construções, em Maringá.
 
Em loteamentos, a VBI tem acordo com a BRDU - Brasil Desenvolvimento Urbano, desde agosto de 2016, para investir R$ 100 milhões na expansão da loteadora. Ao final de quatro anos, os recursos serão convertidos na participação de 40% da gestora na BRDU ou a dívida será paga. Por enquanto, a VBI recebe o pagamento de juros da dívida. Em shopping centers, a VBI possui três empreendimentos. "A perspectiva é de retomada", diz o sócio da gestora, citando que o fluxo de veículos e público tem crescido nos shoppings.
 
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