11/06/2024 - 09h02

Robôs vão transformar a construção civil e reduzir a mão de obra humana

SC Todo Dia
 
Com o uso da inteligência artificial os robôs desenvolvidos para atuarem na construção civil podem colocar até 500 tijolos por hora e trabalhar de forma autônoma e ininterrupta
 
A ideia de uma construção autônoma, até então vista como algo quase inalcançável e até quase que uma proposta de ficção científica, agora é uma realidade concreta na indústria da construção civil. O robô pedreiro é capaz de assentar até 500 tijolos por hora, o que redefine as expectativas sobre o tempo necessário para erguer um edifício. Esta inovação tecnológica está revolucionando a indústria da construção civil através da automação dos processos construtivos, empregando robôs, veículos de navegação autônoma e tecnologias de impressão 3D.
 
Esses novos sistemas avançados conseguem operar com mínima ou nenhuma supervisão humana, o que eleva a produtividade, melhora a qualidade e aumenta a segurança nos canteiros de obras de construção civil, além de reduzir custos. Um exemplo emblemático dessa tecnologia é o robô Hadrian X, criado pela empresa australiana FBR.
 
O Hadrian X é um braço robótico montado sobre esteiras, projetado para assentar tijolos com extrema precisão. Ele utiliza tecnologia de visão computacional e aprendizado de máquina para analisar o ambiente de construção e ajustar suas operações em tempo real. 
 
Esse braço, capaz de se estender até 12 metros de altura, é dotado de uma pinça especial que manuseia com tanto tijolos quanto blocos de concreto. Uma vez programado com os planos de construção, o robô opera de forma totalmente autônoma, podendo trabalhar ininterruptamente, dia e noite.
 
Outro aliado tecnológico da construção civil é o SAM – Pedreiro Semiautomatizado, na sigla em inglês, capaz de assentar blocos de alvenaria três vezes mais rápido que qualquer ser humano. Esse robô pedreiro, que custa cerca de R$ 2 milhões, não substitui a mão de obra de canteiro, mas trabalha junto dela, numa parceria capaz de agilizar a obra, com grande aumento da produtividade.
 
O SAM carrega e pega os blocos, lança a argamassa, se movimenta sobre um eixo horizontal e vai colocando os blocos sobre a linha de assentamento, à medida que um bloqueiro tira os excessos de argamassa da parede, com uma colher de pedreiro. Para o pedreiro. Portanto, sobra o trabalho mais leve e detalhado, como preparar o local para a máquina, assentar os blocos em cantos e pontos de difícil acesso, limpeza dos blocos e outras finalizações estéticas.  
 
O robô pedreiro também não se deixa atrapalhar pelas condições mais adversas. Se estiver montado sobre um andaime, em local onde haja muito vento, neve, chuva ou calor intenso, realizará com perfeição suas funções repetitivas, porque é bastante adaptável. E vai além: assim como o bom pedreiro, que vê o projeto e identifica o que não dá para ser executado na obra, por alguma incompatibilidade do mundo real com a proposta teórica, faz as correções necessárias na hora de assentar os blocos, para completar sua tarefa.
 
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