16/04/2024 - 11h44

Rede Soja Sustentável defende uso da soja na construção civil

Agro Revenda
 
No lançamento da Rede Soja Sustentável, realizado hoje em São Paulo, Cesar Borges de Souza, presidente da entidade, colocou a leguminosa como uma fonte versátil e sustentável, com mais de mil produtos e aplicações, capaz de atender às demandas do mercado urbano por produtos mais saudáveis e ecologicamente corretos, incluindo alimentos, cosméticos, biocombustíveis e até materiais de construção civil.
 
O evento contou com a presença de diversos especialistas, representantes do setor agrícola, empresários e organizações ligadas à sustentabilidade. Fernando Barros destacou a importância da colaboração entre esses atores, afirmando que “Somente através do diálogo e da cooperação poderemos construir um futuro mais sustentável para o Brasil.”
 
De acordo com Cesar Borges de Sousa, existe uma iniciativa inovadora que está ganhando destaque no setor, a chamada “casa de soja”. Essa proposta representa não apenas uma revolução na construção civil, mas também um avanço significativo rumo à sustentabilidade ambiental e social.
 
A ideia por trás da casa de soja é utilizar materiais derivados da soja, como o poliuretano de soja, para a construção de residências e edifícios comerciais. Essa abordagem inovadora aproveita as propriedades únicas da soja, que é uma fonte renovável e ambientalmente amigável, para criar estruturas duráveis, seguras e eficientes.
 
De acordo com Cesar, além de ser uma alternativa sustentável aos materiais de construção tradicionais, a casa de soja também oferece benefícios econômicos e sociais. Ao incentivar o uso de produtos agrícolas locais na construção civil, essa iniciativa promove o desenvolvimento rural e gera oportunidades de emprego e renda para comunidades agrícolas.
 
Outro aspecto importante da casa de soja é sua versatilidade. Os materiais derivados da soja podem ser utilizados em uma ampla variedade de aplicações na construção civil, desde isolamento térmico e acústico até revestimentos e acabamentos. Isso significa que as casas de soja podem ser adaptadas às necessidades específicas de cada projeto, oferecendo soluções personalizadas e eficientes.
 
Ao utilizar materiais renováveis e de baixo impacto ambiental, essa iniciativa ajuda a mitigar os efeitos negativos da construção civil sobre o meio ambiente, como a emissão de gases de efeito estufa e o consumo excessivo de recursos naturais.
 
Além disso, foram abordadas questões como a necessidade de investimentos em ciência e tecnologia no campo, a importância da comunicação para sensibilizar a sociedade sobre o papel do agro tecnológico e os desafios estruturais enfrentados pelo setor devido à queda de investimentos do governo, sendo fundamental que este reconheça o papel estratégico do agro tecnológico e invista em políticas que promovam a sustentabilidade e a inovação no campo.
 
A Rede Soja Sustentável surge como uma iniciativa promissora para promover a integração e a colaboração entre os diversos atores envolvidos no setor, visando impulsionar a sustentabilidade e a prosperidade tanto no meio rural quanto no urbano. Com um diálogo transgeracional e uma visão estratégica alinhada com os princípios da bioeconomia, o Brasil está posicionado para liderar uma nova era de desenvolvimento sustentável. “Estamos diante de uma oportunidade única de transformar o agro tecnológico brasileiro em um modelo de excelência global em termos de sustentabilidade e inovação”, concluiu Barros.
 
Evaldo Vilella, membro da diretoria executiva do Forum do Futuro e presidente do CNPQ, destacou a representatividade do grupo: “A gente representa a ciência brasileira e temos muito cuidado com essa questão da produção de conhecimento e narrativas que a gente precisa de conteúdo. Mas por tudo que temos vivido nesse momento de transformação da nossa sociedade, a gente vê que o conteúdo é raso e não é único elemento necessário para esse processo de comunicação. Essa sala é extramamente necessária porque o processo de produção cientifica, de comunicação, ele envolve financiamento, dinheiro”.
 
Ele afirmou também que o momento de transformação é difícil, mas também abre oportunidades e que o Brasil pode virar uma chave nesse processo de comunicação com base em verdades. “Muito do que trouxe o agro nesse processo urbano, a gente vê as evoluções que a gente tem feito e que não são reconhecidas. Então, há algo a mais para ser feito nessa informação de transcrevermos o que nós fazemos para um mundo dentro dessa lógica dos interesses mais globais. Precisamos dessa transformação. O agro brasileiro cresceu muito, ele representa muito para o país.”
 
O diretor do Instituto Fórum do Futuro, Fernando Barros enfatizou o papel do Brasil como líder global da bioeconomia mundial. Em suas palavras, o país está diante de uma oportunidade única de se posicionar como protagonista na bioeconomia global, aproveitando nosso potencial tecnológico e empresarial.
 
Barros destacou a importância da sistematização de práticas agrícolas e ressaltou a necessidade de um olhar voltado para questões fundamentais, como insegurança alimentar, energética, mudanças climáticas e desigualdade social. “Para alcançarmos um desenvolvimento sustentável pleno, precisamos enfrentar esses desafios de forma integrada e colaborativa.”
 
O evento contou com a presença de diversos especialistas, representantes do setor agrícola, empresários e organizações ligadas à sustentabilidade. Fernando Barros destacou a importância da colaboração entre esses atores, afirmando que “somente através do diálogo e da cooperação poderemos construir um futuro mais sustentável para o Brasil.”
 
Na visão de João Adrien, diretor de comunicação da Febraban, é essencial que haja uma comunicação entre o setor privado e o Estado, eliminando dessa forma as acusações infundadas que o setor enfrenta. “Precisamos de capacidade de informação. Só há uma maneira de combater a informação errada ou enviesada, e é com a informação correta e consistente.”
 
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