15/08/2022 - 11h34

Preço do metro quadrado em Santos limita programa habitacional

A Tribuna On-line
 
Cidade ainda não tem operação do Casa Verde e Amarela, antigo Minha Casa, Minha Vida, voltado à baixa renda
 
Apesar do Governo Federal investir no Casa Verde e Amarela, antigo Minha Casa, Minha Vida, o programa habitacional ainda não financia moradias populares em Santos, informação confirmada pela Prefeitura de Santos.
 
Para o presidente da Associação dos Empresários da Construção Civil da Baixada Santista (Assecob), Ricardo Beschizza, há alguns motivos para isso. Segundo ele, o solo dificulta a construção em áreas da Zona Noroeste, onde o preço do metro quadrado é mais acessível.
 
Além disso, o valor dos terrenos em Santos, com preço médio do metro quadrado de quase R$ 10 mil, está entre os mais caros do País, dificultando o baixo custo. “Os custos da construção, se colocarmos no papel estes problemas, inviabilizam a realização desses projetos”.
 
Uma das propostas é o Governo oferecer mais subsídios, além dos já existentes, para estimular o investimento privado. Uma possibilidade apontada por profissionais do setor seria uma operação urbana com doação de terreno para serem construídos edifícios com custos compatíveis.
 
Na semana passada, em evento do Secovi (sindicato da habitação), o sócio consultor da Brain Inteligência Estratégica, Marcelo Luís Gonçalves, apresentou dados do mercado santista, revelando que a Cidade não teve nenhum lançamento de padrão econômico (imóveis até R$ 253 mil, teto do Casa Verde e Amarela) neste ano.
 
Para ele, isso não é um problema imediato, até porque ainda há unidades prontas nesse padrão (de lançamentos de anos anteriores), mas que não está ocorrendo reposição desse estoque e ainda há demanda para esses produtos. Na Baixada Santista, a cidade com o maior número de apartamentos de padrão econômico é São Vicente (onde o m2 médio é de R$ 5,5 mil), com 1,1 mil unidades lançadas.
 
A Prefeitura de Santos diz, por meio da Companhia de Habitação da Baixada Santista (Cohab Santista), que apesar de não haver operações do Casa Verde e Amarela o Município executa empreendimentos de interesse social (baixa renda).
 
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