05/08/2022 - 11h52

Financiamento imobiliário cai 6% em 2022, mas segue maior que antes da pandemia

Valor Investe
 
Houve queda no volume de empréstimos em relação ao ano passado, mas patamar segue acima de anos antes do isolamento social
 
O volume de crédito concedido para o financiamento imobiliário caiu 6% no primeiro semestre de 2022. No período, as concessões chegaram a R$ 112,8 bilhões, contra R$ 120 bilhões na mesma época do ano passado, quando o volume atingiu o recorde da série, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Apesar da queda em relação ao ano anterior, o montante segue acima do total liberado durante todo o ano de 2019, época de pré-pandemia e com juros nas mínimas históricas.
 
Mesmo com a alta de juros, a inflação e a queda de renda, a entidade está otimista e aposta que este será o segundo melhor ano da série em termos de concessão de crédito atingindo R$ 244 bilhões, ante os R$ 255 bilhões de 2021. O presidente da Abecip, José Rocha, cita a perspectiva de melhora de dados de emprego e o fim do ciclo de alta da taxa de juros, como ventilou esta semana o Comitê de Política Monetária (Copom).
 
"A expectativa de queda de desemprego é muito importante para o setor imobiliário. Vemos um sinal positivo com relação aos dados de emprego no país. Quando se fala da taxa básica de juros, há um sinal de que já está num terreno restrito, apontando para uma desaceleração dos juros, próximo do teto", afirma.
 
Do total previsto para este ano, R$ 180 bilhões devem vir da poupança, principal fonte de recursos do crédito imobiliário, e R$ 64 bilhões no FGTS, conforme orçamento do fundo. Confirmadas as projeções, o volume de financiamento imobiliário terá redução da ordem de 4% em relação a 2021.
 
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