14/12/2017 - 00h26

Construtoras fazem mobilização a favor da reforma da Previdência

Época Negócios
 
Entidades filiadas à Cbic pressionam deputados por votos favoráveis ao projeto
 
Com a justificativa de que sem um sinal de avanço da reforma da Previdência os investimentos em 2018 ficarão retraídos, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), decidiu mobilizar toda a sua estrutura para pressionar deputados pela aprovação da proposta. Com 85 associações e sindicatos filiados, a entidade passou o último fim de semana em contato com parlamentares para votos em favor do projeto.
 
Além disso, pelo menos 100 deputados deverão comparecer à festa de confraternização de fim de ano da Cbic, que a entidade oferece nesta semana em Brasília. Na ocasião, os parlamentares também serão pressionados, disse o presidente da entidade, José Carlos Martins.
 
— Nós mobilizamos o Brasil inteiro, pedimos ao nossos associados que conversassem com os indecisos demonstrar a importância da reforma. Investimento é confiança. Quem que vai acreditar num país que se sabe que não vai pagar as contas? Não vão trazer dinheiro para cá. Isso é de vital importância para o país. Para o Brasil estar bem é necessário aprovar a reforma da Previdência — disse Martins.
 
O presidente da Comissão de Infraestrutura da Cbic, Carlos Eduardo Lima, frisou a necessidade de aprovação de mudanças das regras de aposentadoria e pensões para caminhar para a estabilidade fiscal, o que é fundamental para que em 2018 aconteça uma retomada dos investimentos.
 
— Se aprovada neste ano, é forte o sinal que se dá para caminhar para o equilíbrio fiscal — disse.
 
Reforma trabalhista
 
Após a construção civil fechar 105 mil postos de trabalho formais neste ano, dirigentes da Cbic acreditam que a reforma trabalhista vai reduzir o desemprego estrutural no Brasil. A avaliação é de que as novas regras barateiam os custos relativos à mão de obra e aumenta a segurança jurídica.
 
Fernando Guedes, responsável na Câmara da Construção Civil pela questão da reforma trabalhista, avalia que a medida deve ter impacto positivo para o setor porque 50% do custo de uma construção é decorrente de mão-de-obra.
 
— A reforma trabalhista é um exemplo do que o setor privado procurada, uma vez que ela privilegia o negociado sobre o legislado, sem interferência estatal, deixa que os atores sociais resolvam os seus problemas — disse Guedes.
 
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