05/06/2018 - 09h58

Consórcio é opção para quem deseja comprar casa própria

A Tribuna On-line
 
Especialistas, no entanto, alertam que modalidade pode até sair mais barata que financiamento, mas exige tempo e planejamento
 
O consórcio pode ser uma alternativa para quem sonha com a casa própria. A modalidade sai um pouco mais barata que enfrentar financiamento, mas exige tempo e muito planejamento, avisam os especialistas.
 
“O grande sonho do brasileiro hoje é ter a casa própria e poder conseguir isso de várias maneiras: comprar à vista, financiar ou partir para o consórcio, que é uma compra mais de médio ou longo prazo, com planejamento financeiro”, diz o presidente da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), Paulo Roberto Rossi. 
 
Segundo ele, o segredo é o consumidor entender as regras do consórcio para fazer um bom negócio. Você, por exemplo, não precisa dar entrada, a taxa de administração é menor que os juros de empréstimo bancário e dá para usar o FGTS, buscando receber a grana mais cedo.
 
Afinal, o interessado só recebe o dinheiro por meio de lance ou sorteio, o que pode levar um bom tempo. Há produto no mercado com prazo de 200 meses para quitar o negócio.
 
“Com prazos mais longos, a prestação fica mais baixa. O custo do consórcio é menor do que um financiamento, apesar de serem produtos diferentes, já que no financiamento a pessoa tem o bem na hora”, diz.
 
Balança
 
Para quem não se decidiu, é bom avaliar com muita atenção as suas necessidades, o orçamento e fazer contas. “O consorciado vai assumir um compromisso a longo prazo e vai continuar, em muitos casos, pagando aluguel até ser sorteado ou ter recursos para dar um lance. Essa é uma desvantagem”, diz o diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Miguel Ribeiro de Oliveira.
 
Já o custo é apontado como um diferencial. Em vez de juros, o interessado paga uma taxa de administração de, no máximo, 20% ao ano, algo como 0,1% ao mês. Além de taxa de adesão, fundo de reserva e o reajuste anual que, geralmente, é feito pelo Instituto Nacional da Construção Civil (INCC).
 
“É bom fazer contas e pesquisar, porque a tendência, com os juros caindo, é de que a diferença entre os dois produtos (consórcio e financiamento) não seja muito grande”, alerta Miguel.
 
O professor de administração Carlos Stempniewski faz uma outra ressalva. “Em planos longos, o valor da cota pode estar desvalorizado em relação ao que o consumidor havia sonhado quando optou pelo consórcio, porque tem de se levar em conta as variações do mercado”.
 
Outro ponto importante é fazer uma varredura no histórico da empresa antes de assinar o contrato. Uma possibilidade é ver no site do Banco Central se ela tem autorização para funcionar.

 
« Voltar