08/10/2014 - 16h19

Libra se consolida como maior operadora em cargas asiáticas

A Tribuna

A Libra Terminais Santos conta com um novo serviço de navegação, o Asia 1, se consolidando como a maior operadora de cargas asiáticas no Brasil. As escalas dos navios dessa linha, nas instalações da empresa, no cais santista, têm se destacado pelos altos índices de produtividade.
 
Das 12 primeiras embarcações operadas, sete registraram médias superiores a 90 movimentos por hora (MPH). Desses, cinco ultrapassaram a marca dos 100 MPH. Quando um terminal atinge uma média mensal entre 50 e 70 MPH, é considerado de primeira classe. Ao passar dos 70 MPH, chega a classe mundial.
 
Um dos principais operadores de contêineres do Porto de Santos, o Grupo Libra administra, na região, três terminais rentes ao cais – T-33, T-35 e T-37 – e dois retroportuários, ou seja, na retroárea do complexo – o Valongo (Teval) e o Cubatão. De janeiro a agosto, seu marketshare chegou a 15%, segundo dados da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária.

 
Transportando cargas entre a costa leste da América do Sul e o Extremo Oriente, o serviço Asia 1 teve início no mês passado. Ele prevê a escala de dois navios por semana na Libra, um com cargas de importação (faz a viagem sul, do continente asiático para o Brasil) e outro para a exportação (a viagem norte, do País para a Ásia).
 
Até a semana passada, a Libra Santos recebeu 12 navios da linha, movimentando 21.623 contêineres. Foram 10.362 na jornada norte, com uma média de 1.727 contêineres por cargueiro, e 11.261 na sul, com média de 1.877 contêineres.
 
A Asia 1 é oferecida a partir de uma parceria entre nove armadoras – Maersk Line, Safmarine, Hamburg Süd, CSAV, CMA-CGM, China Shipping Container Lines, Hanjin, CCNI e Hapag Lloyd. A Libra Terminais Santos já atendia um serviço de navegação da asiática MOL (Mitsui O.S.K. Lines), que liga a Ásia e a América do Sul.
 
De acordo com o diretor geral da Libra Terminais Santos, Roberto Teller, com o Asia 1 e outras linhas atendidas, a empresa se tornou responsável por 48,5% de toda a carga do Extremo Oriente que passa por Santos e, ainda, por 27% desses produtos no Brasil. “Com esse novo contrato, a Libra Terminais Santos passa a ser a maior operadora de cargas da Ásia no Brasil”, declara.
 
Eficiência
 
Teller afirma que alguns fatores foram essenciais para a Libra obter o serviço de navegação. “Além dos nossos constantes recordes de movimentação, a alta confiabilidade foi preponderante para essa conquista”, avalia.
 
Neste ano, a Libra Terminais Santos registrou seis recordes de produtividade. O último foi em 3 de junho, quando foi superada novamente a marca sul-americana de movimentação, com 184,3 MPH.
 
“Com a evolução, pretendemos superar estas performances e operar alguns navios na casa dos 200 MPH”, revela o diretor geral. “Há espaço para melhoria e esperamos atingir consistentemente 120 MPH para viagens SB (sigla de Southbound, em direção ao Sul, na tradução do inglês) e 100 MPH no NB (Northbound ou em direção ao Norte)”, diz o executivo.
 
Preparação
 
A obtenção da linha Asia 1 e os próprios recordes são resultados do processo de reestruturação da Libra Terminais Santos, iniciado há três anos com o objetivo de consolidá-la como operador de classe mundial, destaca Roberto Teller. Nesse projeto, foram realizados investimentos de R$ 123 milhões, destinados ao desenvolvimento de novos processos, ferramentas e sistemas, ao treinamento técnico intensivo com todos os operadores e ao incremento significativo da disponibilidade de equipamentos por meio de um programa de manutenção preventiva.
 
O aumento da eficiência operacional também foi consequência de ações de planejamento e uma maior integração com a equipe de clientes. “As reuniões e os processos de planejamento estão sendo realizados com disciplina, obtendo uma melhor utilização de equipamentos e controle de fluxos, bem como ocupação de pátio”, argumenta.
 
O diretor também aponta os esforços para a redução do número de acidentes. Os casos com afastamento caíram em 72% em 2013, em relação a 2012, e 42% neste ano, na comparação com o exercício anterior.
 
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